Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Lembro-me de, aí pelos meus dez ou onze anos, ir de férias para o Algarve com os meus pais e um casal amigo e levar os seis livros da coleção As Gémeas, de Enid Blyton, e de ler os seis bem antes dos quinze dias das férias acabarem. O amigo dos meus pais resolveu batizar-me de "comedora de livros" e, de alguma forma, o nome ficou. É isso que alguns familiares e amigos mais chegados me chamam para se meterem comigo e rendeu-me muitos livrinhos como presente de aniversário.
O primeiro livro a sério que li foi Os Cinco na Ilha Perdida, também de Blyton, quando tinha oito anos, também no Algarve. Lembro-me bem do meu pai mo comprar e dizer que já chegava de livros da Anita. Desde aí, o meu grande vício começou. Em certas alturas, levei raspanetes da minha mãe por ler até tarde ou por querer levar livros para a escola e ficar na sala a ler nos intervalos em vez de brincar com os meus colegas. Ainda hoje sou mesmo assim, quando começo a ler um livro, não consigo parar. Agora, que penso nisso, é engraçado como os meus hábitos de leitura estão tão ligados aos meus pais, que não são muito chegados a ler livros. Lembro-me, por exemplo, da minha mãe, para me fazer treinar a leitura nas férias entre a primeira e a segunda classe, me ler uma história antes de dormir e, em troca, eu tinha que ler outra.
Pois bem, acho que posso concluir que tenho um pequeno problema com a leitura: gosto tanto, que não sossego até acabar. É ler, ler, ler e ler até serem seis da matina e o sol despontar na minha janela. Chego inclusive a evitar a leitura em certas alturas mais atarefadas. Disse aqui há um tempo que queria muito ler este livro. Acontece que ele agora é meu e é gigantesco, com mais de setecentas páginas. Estão a ver a chatice, não estão?