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Graças aos destaques do Sapo, encontrei este texto. Gostei bastante e mexeu comigo. Aliás, este assunto da adoção mexe sempre comigo! Aqui perto de minha casa há uma instituição que acolhe crianças orfãs até que, esperançosamente, sejam adotadas. Já fui lá algumas vezes, umas no âmbito de iniciativas de associações a que pertencia, outras a titúlo individual. Foi sempre de partir o coração ouvir aquelas histórias tão triste de vidas ainda tão jovens. Vim sempre embora com vontade de trazer um ou dois comigo. Lembro-me que, da primeira vez que lá fui, fiquei verdadeiramente surpreendida com a realidade que encontrei, muito diferente da que fui construindo na minha cabeça ao longo da vida, sobre o que seria um orfanato. É um local com boas condições e as crianças são bem tratadas, mas, mais do que isso, elas verdadeiramente adoram aquelas pessoas, que os tratam com todo o carinho e amor.

 

Gostava de adotar um dia. Digo isso muitas vezes, mas não sei se vou ser capaz. Por motivos muito egoístas, na verdade. O processo de adoção assusta-me muito e só o queria fazer depois de ter um filho biológico pela simples razão que gostava de estar grávida. Ter uma vida a construir-se dentro de mim. Adotar não é uma decisão fácil (nem uma que possa tomar sozinha), mas mesmo perante as dificuldades do processo, lembro-me das crianças que conheci naquela casa. Mesmo sendo bem tratadas e acarinhas, o que mais queriam era uma família. E eu sei que isso não se baseia em laços de sangue e sim em laços de amor.

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publicado às 19:34


Joana

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Neste mar

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