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- Joana, sabias que em ciências estudámos os olhos.

- Ai sim? E então?

- A professora disse que não íamos ver os olhos verdes porque são os mais complicados e raros, apenas 2% da população tem.

(Fica ali a olhar para mim.)

- Ok!

- Não percebeste?

- O quê?

- Tu tens olhos verdes.

- E então?

- Então és uma ave rara e complicada. 

publicado às 16:22

O post de dia 1

03.01.15

Se a preguiça não tomasse infalivelmente conta de mim em todos os primeiros de janeiro, teria escrito este post nesse dia. Era esse o meu plano. Agora fica aqui ao sábado, que não é o melhor dos dias para estas coisas, mas como já vai com algum atraso, terá que ser. Na verdade, ando à procura de uma desculpa desde que vi este discurso, em direto, numa madrugada de setembro. A chegada de um novo ano pareceu-me apropriada.

 

Eu gosto de cinema. Não tanto como de livros ou viagens, mas mais do que de música ou teatro. Não sou aficcionada. Não vejo tantos filmes quantos gostaria, nem sequer vou muito ao cinema. Mas gosto. E, nos anos mais recentes, tenho começado a gostar de séries. Das mais variadas e nenhuma seguida ao episódio. Mas gosto. Quase por consequência, os resultados dos prémios relacionados dizem-me alguma coisa. Nos últimos Emmys, Bryan Cranston venceu, com a maior das justiças, o Emmy de Melhor Ator Principal numa série dramática. Já falei disso aqui e nao vou voltar a fazê-lo. Desta vez não é sobre o seu trabalho que escrevo, mas sobre o seu conselho. Ao aceitar o seu quarto Emmy pelo desempenho como Walter White, Bryan Cranston mostrou que tem mais a dizer do que as falas das suas personagens.

Não sei porque fui agraciado com tanta sorte na minha vida. Eu era um miúdo que procurava sempre o atalho. Um malandro. A minha própria família chamava-me Chico Esperto (...) Acabei por tropeçar e encontrar uma paixão que plantou uma semente que desabrochou em algo tão maravilhoso para mim. Eu adoro atuar. É uma paixão minha e vou fazê-lo até ao meu último suspiro. Posso apenas dizer que estou grato por tudo o que me tem acontecido. (...) Por fim, quero dedicar este prémio a todos os Chicos Espertos do mundo que pensavam que contentar-se com algo medriocre era uma boa ideia porque era seguro. Não o façam! Arrisquem, tentem, encontrem essa paixão, reacendam-na, apaixonem-se de novo. Vale mesmo a pena.

 

Que todos possam encontram essa paixão hoje, amanhã, o mais rápido possível e, se não puder ser este ano, então que seja noutro porque nunca será tarde até se parar de tentar.

publicado às 10:09

Tive algumas dificuldades com este. Gosto de música assim no geral. Ouço no rádio e, às vezes, em casa, mas não é um hobbie. Sinceramente, nem sei muito bem os álbuns lançados em 2014, por isso ia só falar de uma música que, sendo de 2013, chegou ao meu conhecimento em 2014 (e ouvi em loop apartir daí) através de um outra forma de arte à qual sou mais chegada: o cinema.

 

Só que depois lembrei-me do único concerto a que assisti no ano passado e que resultou num álbum - os Silence 4. Como é natural, as músicas não são novas, mas, tal como nos dinais da década de 90, continuam incríveis. Não, não passei os últimos anos sempre a ouvir os CDs e a pensarno regresso da banda, mas, espanto meu, as músicas ainda estavam todas cá. Da banda portuguesa que marcou uma geração, Songbook Live 2014. "Fatela, foleiro e de menina" - era o que o E. me diria. Não quero saber.

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publicado às 13:43


Joana

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Neste mar

Sobre tudo e sobre nada. História e política. Brincadeiras e aventuras. Literatura e cinema. Trivialidades e assuntos sérios. Arte e lusofonia. Dia-a-dia e intemporalidade. E, claro, um blogue com sotaque do norte.