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Aqui, na minha cidade, há um Museu que honra e eterniza um dos tesouros do património local – a fogaça. Só que este não é um Museu qualquer.
Quem lá vai, sente os cheiros, as músicas, as conversas, os livros, os sabores. A Paula e o Moisés, que nos receberam com tanta cortesia e que nos deram total (e privilegiado) acesso, vivem e respiram a sua criação – a primeira fogaçaria de Santa Maria da Feira. O termo é original e único, ainda que existam muitas casas a fazer fogaça na cidade. E, claro, tal como o nome, tudo aqui tem uma história, foi sentido e pensado. Está vivo.
O espaço é um só mas divide-se em três espaços únicos: a sala de leitura, que convida e incentiva com os seus livros e sofás, o pátio das cantigas, emoldurado por um palco com piano e gramofone, e o cantinho das degustações, com um balcão a fazer lembrar as mercearias de antigamente. E, se os livros servem para ler e os doces para saborear, o palco ilumina-se para alguns espetáculos. Nas paredes, que também não têm descanso, há exposições temporárias de fotografia, escultura, desenho ou pintura.
Ao falar com os proprietários, é impossível não sentir o entusiasmo e o carinho que têm pelo seu projeto. Quando pedi para, sucintamente, definirem o Museu, ouvi uma resposta franca e inusitada. “É uma porta aberta. Aqueles são os nossos livros, as músicas que passam são os nossos cds. É uma porta aberta para a sala da nossa casa.”
O cantinho das degustações.
A sala de leitura.
O pátio das cantigas.
A tradicional fogaça, que dá nome ao espaço, aqui em cerâmica.
Chamoa, o licor oficial da Viagem Medieval de Santa Maria da Feira.
Mais sobre esta casa incrível no site oficial e aqui, no blogue, nos próximos dias.